Criada em 2017, a Olimpíada de Humanidades é um projeto que envolve estudantes e professores(as) do Ensino Médio da Rede Estadual de Educação de Goiás, integrando sete municípios do entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros: Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Colinas do Sul, Monte Alegre de Goiás, Nova Roma, São João d’Aliança e Teresina de Goiás.
Com edições anuais, o projeto promove uma ação educativa interdisciplinar, prioritariamente nas áreas de Arte e Ciências Humanas e suas Tecnologias, por meio de Projetos de Aprendizagem Significativa desenvolvidos por estudantes e professores(as) participantes. A criação da Olimpíada de Humanidades vincula-se ao compromisso do Governo de Goiás de implementar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), sobretudo em seu quarto quesito, que diz respeito à Educação de Qualidade.
propósito
A Olimpíada de Humanidades busca desenvolver os saberes humanísticos acumulados ao longo do tempo para a promoção das potencialidades dos próprios sujeitos humanos. Portanto, apostar na pesquisa de temas vinculados às áreas das Humanidades e Artes pode proporcionar uma ampliação das capacidades criativas de gerenciamento de relações que exijam a compreensão e o respeito à alteridade intrínseca à existência humana. É pensando assim que a arte-educação tem colocado a subjetividade "na centralidade" (HERNÁNDEZ, 2007) dos projetos educativos, instigando a conscientização e construção de outras maneiras de habitar o mundo (GREEN, 2005 apud AGUIRRE, 2011).
Luz Marina de Alcantara, Gerente de Arte e Educação da Seduc-GO
OBJETIVO GERAL
Promover, por meio de projetos (inter-, trans) disciplinares, aprendizagens significativas que contribuem para a formação integral dos estudantes de ensino médio dos municípios da APA de Pouso Alto (Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Colinas do Sul, Nova Roma, São João d’Aliança, Teresina de Goiás e Monte Alegre de Goiás).
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Com os estudantes participantes
- Promover o desenvolvimento da sensibilidade e pensamento crítico, de expressões artísticas, do protagonismo juvenil e de competências socioemocionais;
- Desenvolver as habilidades comunicacionais dos estudantes, estimulando a produção de discursos autônomos e emancipatórios;
- Vivenciar práticas de ensino-aprendizagem fora dos muros da escola;
- Instigar a interpretação de problemas de ordem social/regional/local, buscando soluções ainda não pensadas;
- Estimular a autonomia e protagonismo dos estudantes para a autogestão e gestão compartilhada das Propostas de Aprendizagens Significativas (PAS);
- Ampliar a compreensão dos estudantes da importância das Ciências Humanas e da Arte;
- Co-criar metodologias de aprendizagens (inter-, trans) disciplinares, incorporando a filosofia da Educação do Bem Viver;
- Despertar o sentimento de pertencimento e (auto)reconhecimento em relação às goianidades;
Com o corpo docente das Unidades Escolares participantes
- Oportunizar e fomentar trocas de experiências educativas a partir do trabalho de assessoria técnico-pedagógica entre a equipe da Olimpíada de Humanidades e Grupo Gestor, professores e estudantes das Unidades Educacionais participantes;
- Desenvolver a apropriação crítica e sensível das Competências Gerais e Socioemocionais previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no Documento Curricular para o Ensino Médio (DCGOEM) e aplicá-las no contexto de sala de aula;
- Oferecer formação continuada de práticas pedagógicas em metodologias ativas e inovadoras para os/as educadoras das Unidades de Ensino participantes;
- Promover a autonomia e protagonismo dos profissionais da educação junto com os estudantes para a autogestão e gestão compartilhada das Propostas de Aprendizagens Significativas (PAS);
- Ampliar a compreensão dos professores em relação às Ciências Humanas e à Arte como disciplinas que ampliam a compreensão do mundo e das possibilidades de ação dos sujeitos;
- Co-criar metodologias de aprendizagens (inter-, trans) disciplinares, incorporando a filosofia da Educação do Bem Viver;
- Aprofundar os conhecimentos de educação socioambiental e de arte/educação dos educadores;
- Ampliar o conhecimento sobre cultura goiana e o bioma do cerrado entre os educadores;
- Fortalecer o Projeto Político-Pedagógico das unidades escolares, a partir de metodologias ativas que atuem diretamente na transformação social e na melhoria do desempenho escolar.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
ODS / ONU - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
A Olimpíada de Humanidades busca atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), especialmente o ODS4 – que consiste na implementação de uma Educação de qualidade, que busque assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos/as. Neste contexto, a Olimpíada atende principalmente o subitem 4.7, que versa sobre a necessidade de:
“Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável”.
BNCC - Base Nacional Comum Curricular
Principais competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que a Olimpíada de Humanidades busca atingir:
- Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
- Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. - Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
- Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
Objetivo: Comunicar-se, acessar e produzir informações e conhecimento, resolver problemas e exercer protagonismo de autoria. - Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
- Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
- 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
- Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
- Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
- (EM13CNT302). Comunicar, para públicos variados, em diversos contextos, resultados de análises, pesquisas e/ou experimentos, elaborando e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas, símbolos, códigos, sistemas de classificação e equações, por meio de diferentes linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs), de modo a participar e/ou promover debates em torno de temas científicos e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e ambiental.
- (EM13CNT305). Investigar e discutir o uso indevido de conhecimentos das Ciências da Natureza na justificativa de processos de discriminação, segregação e privação de direitos individuais e coletivos, em diferentes contextos sociais e históricos, para promover a equidade e o respeito à diversidade.
- (EM13CHS601). Identificar e analisar as demandas e os protagonismos políticos, sociais e culturais dos povos indígenas e das populações afrodescendentes (incluindo os/as quilombolas) no Brasil Contemporâneo considerando a história das Américas e o contexto de exclusão e inclusão precária desses grupos na ordem social e econômica atual, promovendo ações para a redução das desigualdades étnico-raciais no país.
- (EM13CHS602). Identificar e caracterizar a presença do paternalismo, do autoritarismo e do populismo na política, na sociedade e nas culturas brasileira e latino-americana, em períodos ditatoriais e democráticos, relacionando-os com as formas de organização e de articulação das sociedades em defesa da autonomia, da liberdade, do diálogo e da promoção da democracia, da cidadania e dos direitos humanos na sociedade atual.
- (EM13CHS604). Discutir o papel dos organismos internacionais no contexto mundial, com vistas à elaboração de uma visão crítica sobre seus limites e suas formas de atuação nos países, considerando os aspectos positivos e negativos dessa atuação para as populações locais.
- (EM13CHS605). Analisar os princípios da declaração dos Direitos Humanos, recorrendo às noções de justiça, igualdade e fraternidade, identificar os progressos e entraves à concretização desses direitos nas diversas sociedades contemporâneas e promover ações concretas diante da desigualdade e das violações desses direitos em diferentes espaços de vivência, respeitando a identidade de cada grupo e de cada pessoa
- (EM13CHS606). Analisar as características socioeconômicas da sociedade brasileira – com base na análise de documentos (dados, tabelas, mapas, etc.) de diferentes fontes – e propor medidas para enfrentar os problemas identificados e construir uma sociedade mais próspera, justa e inclusiva, que valorize o protagonismo de seus/suas cidadãos/ãs e promova o autoconhecimento, a autoestima, a autoconfiança e a empatia.
- (EMIFCHSA02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
- (EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
- (EMIFCNT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a dinâmica dos fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões.
- (EM13LGG501). Selecionar e utilizar movimentos corporais de forma consciente e intencional para interagir socialmente em práticas corporais, de modo a estabelecer relações construtivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças.
- (EM13LGG502). Analisar criticamente preconceitos, estereótipos e relações de poder presentes nas práticas corporais, adotando posicionamento contrário a qualquer manifestação de injustiça e desrespeito a direitos humanos e valores democráticos.
- (EM13LGG602) Fruir e apreciar esteticamente diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, assim como delas participar, de modo a aguçar continuamente a sensibilidade, a imaginação e a criatividade.
- (EM13LGG603) Expressar-se e atuar em processos de criação autorais individuais e coletivos nas diferentes linguagens artísticas (artes visuais, audiovisual, dança, música e teatro) e nas intersecções entre elas, recorrendo a referências estéticas e culturais, conhecimentos de naturezas diversas (artísticos, históricos, sociais e políticos) e experiências individuais e coletivas.
- (EM13LGG604) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política e econômica e identificar o processo de construção histórica dessas práticas.
- (EMIFLGG06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais, utilizando as diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; línguas; linguagens corporais e do movimento, entre outras), em um ou mais campos de atuação social, combatendo a estereotipia, o lugar-comum e o clichê.
- (EMIFLGG05) Selecionar e mobilizar intencionalmente, em um ou mais campos de atuação social, recursos criativos de diferentes línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), para participar de projetos e/ou processos criativos.
- (EM13LP47) Participar de eventos (saraus, competições orais, audições, mostras, festivais, feiras culturais e literárias, rodas e clubes de leitura, cooperativas culturais, jograis, repentes, slams, etc.), inclusive para socializar obras da própria autoria (poemas, contos e suas variedades, roteiros e microrroteiros, videominutos, playlists comentadas de música etc.) e/ou interpretar obras de outros, inserindo-se nas diferentes práticas culturais de seu tempo.
- (EMIFLGG03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre português brasileiro, língua(s) e/ ou linguagem(ns) específicas, visando fundamentar reflexões e hipóteses sobre a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
- (EMIFLGG07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais passíveis de mediação e intervenção por meio de práticas de linguagem.
- (EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das práticas de linguagem para propor ações individuais e/ ou coletivas de mediação e intervenção sobre formas de interação e de atuação social, artístico-cultural ou ambiental, visando colaborar para o convívio democrático e republicano com a diversidade humana e para o cuidado com o meio ambiente.
- (EMIFLGG10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às várias linguagens podem ser utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas tecnologias disponíveis e os impactos socioambientais.
- (EM13LP26) Relacionar textos e documentos legais e normativos de âmbito universal, nacional, local ou escolar que envolvam a definição de direitos e deveres, em especial os voltados a adolescentes e jovens em seus contextos de produção, identificando ou inferindo possíveis motivações e finalidades, como forma de ampliar a compreensão desses direitos e deveres.
PEE - Plano Estadual de Educação
A Olimpíada de Humanidades também está em consonância com o Plano Estadual de Educação – PEE no que diz respeito a Metas 5, especificamente em relação as estratégias 5.1 (mobilizar o acesso e/ou retorno de jovens fora da escola, ou em situação de vulnerabilidade social, nas zonas urbanas, rurais, quilombolas e indígenas ) 5.5 (mobilizar os estudantes concluintes do Ensino Médio a participarem do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM), 5.11 (fomentar em todas as unidades escolares de Ensino Médio o protagonismo juvenil) e 5.13 (universalizar a implementação das Leis federais nos 10.639/2003 e 11.645/2008 com a inclusão no currículo a História e Cultura Afrobrasileira e Indígenas). Atende também a Meta 9, especificamente as estratégias 9.4 (valorização dos saberes tradicionais em comunidades quilombolas e indígenas e das suas especificidades culturais) 9.6 (respeitar as lógicas, saberes e perspectivas dos próprios povos) e 9.13 (inclusão dos conteúdos referentes à história e cultura e contribuições dos afrodescendentes e indígenas no âmbito de todo o currículo escolar, em especial, em Artes, Literatura e História).
DC-GO - Documento Curricular para Goiás
De acordo com o Documento Curricular para Goiás – etapa Ensino Médio (DC-GOEM), a Olimpíada de Humanidades busca desenvolver as habilidades de:
- (GO-EMLP31-A) Elaborar pesquisas variadas, utilizando as etapas de produção, para avaliar cada parte do processo de construção do conhecimento científico, a partir dos gêneros textuais envolvidos na realização e divulgação de pesquisas, para uma posse ativa da forma como o conhecimento científico é produzido.
- (GO-EMLP20A) Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade assentados na democracia e nos Direitos Humanos.
- (GO-EMLGG304A) Utilizar situações de estudo, procedimentos e estratégias de leitura e escrita, adequados aos objetivos e à natureza do conhecimento proposto, de forma consciente e ativa para a divulgação dos Direitos Humanos.
- (GO-EMLP38A) Utilizar situações de estudo, procedimentos e estratégias de leitura e escrita de textos jornalísticos, escolhidos e adequados aos objetivos e à natureza do conhecimento proposto, de modo consciente e ativo para desenvolver uma atitude crítica sobre os fatos e opiniões.
- (GO-EMLP40A) Relacionar procedimentos de checagem de fatos noticiados e demais informações veiculadas nos sistemas de comunicação e informação responsáveis pelo fenômeno da pós-verdade, apurando a veracidade e identificando os interesses implícitos nessas informações
- (GO-EMLP31-B) Empregar situações de estudo, procedimentos e estratégias de leitura e escrita adequados aos objetivos e à natureza do conhecimento proposto, de modo consciente e ativo para a divulgação de textos de divulgação científica.
- (GO-EMLGG203B) Promover debates e discussões de temas de interesses da juventude, apropriando-se de bases legais, como o Estatuto da Juventude e as políticas públicas vigentes, para tornarem-se protagonistas de ações que contemplem a condição juvenil.
- (GO-EMLP05A) Produzir atividade argumentativa, fazendo interação com diferentes contextos de uso da língua estudada em debates, seminários, fóruns, plenárias, simulações para conviver com maior tolerância e ter capacidade inclusiva, colaborativa e pacífica.
- (GO-EMLGG302A) Aplicar conceitos de visão de mundo e expressão humana, usando as diferentes linguagens artísticas para avaliar diversos modos próprios de ser e de pertencer culturalmente: artes e culturas africanas, afro-brasileiras, indígenas, latino-americanas; influências das matrizes culturais brasileiras (indígena, africana e europeia) na formação da Arte brasileira.
- (GO-EMLGG402I) Elaborar projetos educativos na comunidade escolar com práticas diversas: teatro, música, vídeos aulas, campanhas publicitárias, jograis, gincanas, visitas in loco (lixões, planetários, laboratórios, fábricas) caminhadas pedagógicas para vivenciar o conhecimento adquirido.
- (GO-EMLGG403G) Socializar produções autorais individuais e coletivas (vídeos, danças, workshops, jogos musicais, oficinas) em feiras culturais para integrar os/as estudantes, e torná-los/as protagonistas de tais movimentos cinematográficos, musicais e de dança.
Plano de Manejo da APA de Pouso Alto
A Olimpíada de Humanidades também atende a algumas diretrizes do Subprograma de Educação Ambiental do Plano de Manejo da APA de Pouso Alto:
- Desenvolvimento de Programa de Educação Ambiental;
- Proposição de projetos de educação ambiental nas escolas presentes na APA de Pouso Alto;
- Orientar e promover ações de educação ambiental para proteção de fauna e flora;
- Realizar campanhas educativas que tratam do tema (poluição/contaminação dos corpos hídricos e do solo);
METODOLOGIA
A partir de um tema central, a Olimpíada de Humanidades convida as equipes das escolas de Ensino Médio da rede pública estadual da região da Chapada dos Veadeiros a desenvolverem Projetos de Aprendizagem Significativa (PAS) nas áreas de Ciências Humanas e Arte. As equipes são compostas por estudantes e professores orientadores. Para desenvolver seu projeto, cada equipe escolar propõe um subtema relacionado a alguma problemática local relacionada ao tema central de cada ano.
Durante o ano letivo, o Coletivo Educador do Ipeartes/Seduc-GO estimula processos de aprendizagem para fomentar o desenvolvimento dos projetos, bem como a sensibilidade crítica e as habilidades socioemocionais e comunicacionais das equipes, tendo como base a pesquisa científica e expressões artísticas como forma de investigação e produção de conhecimento.
INSPIRAÇÕES PEDAGÓGICAS/METODOLÓGICAS
Pedagogia de Projetos – desenvolvimento dos projetos nas unidades escolares a partir da pesquisa-ação.
Pedagogia Griô – valorização dos mestres de saberes populares como produtores de conhecimento.
Educação Socioambiental – reconhecimento da especificidade do bioma do cerrado e do cerrado de altitude, da sua importância biológica e social, das interrelações entre o bioma e os povos do cerrado, e da bioeconomia cerradeira.
Arte Educação – arte como área de conhecimento. Orientação metodológica a partir da matriz da Arte/Educação: apreciação, contextualização, produção.
Educação Socioemocional – desenvolvimento de habilidades socioemocionais e comunicacionais
Práticas corporais – reconhecimento das práticas corporais como área de conhecimento e seus simbolismos na cultura.
Educomunicação – desenvolvimento de habilidades em comunicação e uso crítico das mídias para o desenvolvimento de etapas dos projetos das escolas.
Pedagogia Waldorf – abordagem pedagógica adequada segundo o desenvolvimento humano. Desenvolvimento equilibrado entre as dimensões humanas de pensar, sentir e querer. Retomar a percepção individual e coletiva de ritmo na educação e no desenvolvimento humano.
Bem Viver Indígena – valorização da cosmologia e os saberes tradicionais brasileiros e goianos.
Pedagogia Freiriana – com foco nas pedagogias da esperança e da autonomia que vislumbram a educação para o desenvolvimento integral dos jovens, a compreensão crítica da realidade, a construção de conhecimento relacionado com sua realidade.
Pedagogia Construtivista de Jean Piaget – O construtivismo propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estímulo a dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros procedimentos. A partir de sua ação, vai estabelecendo as propriedades dos objetos e construindo as características do mundo.
Pesquisa-Ação
ETAPAS
As ações são divididas em cinco etapas e objetivam despertar o interesse dos jovens pelo seu processo de aprendizagem e promover o protagonismo juvenil na sociedade, convidando-os a refletir e propor soluções durante o desenvolvimento dos seus projetos.
1ª ETAPA - SENSIBILIZAÇÃO E ESCRITA DOS PROJETOS
A primeira etapa da Olimpíada de Humanidades trabalha com a sensibilização sobre o tema do ano junto aos estudantes e professores/articuladores das equipes escolares participantes. A sensibilização inicia um aprofundamento teórico sobre as questões a serem pesquisadas. Em seguida, são oferecidas oficinas de escrita de projeto científico e artístico para que os estudantes desenvolvam seus projetos de pesquisa-ação.
2ª ETAPA - TRILHA CIENTÍFICA
Nessa etapa, os estudantes são levados ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV) para (re)conhecê-lo em suas múltiplas dimensões. A trilha é guiada com o objetivo de promover uma aprendizagem significativa sobre o Cerrado e sua grande diversidade de fitofisionomias, povos e realidades socioculturais e históricas, que influenciam diretamente o cotidiano dos estudantes da APA de Pouso Alto. A cada ano, são elaboradas diferentes sequências didáticas com conteúdos transdisciplinares ao Documento Curricular para Goiás (DCGO), que se relacionam com o território e o tema geral da Olimpíada. O percurso, com aproximadamente 4km, possui paradas estratégicas, denominadas “Pontos de Saber”, nas quais os conteúdos são abordados. A trilha é também um momento pleno de significação e troca de saberes, onde a escola amplia-se para além dos muros, amadurecendo a Educação do Bem-Viver, despertando memórias afetivas e direcionando o aprendizado para reflexões profundas atreladas aos modos de vida dos estudantes.
CURIOSIDADE!
Mesmo habitando a Chapada dos Veadeiros, mais de 90% dos estudantes que participam da Olimpíada de Humanidades foram pela primeira vez ao Parque Nacional por meio da Trilha Científica. Essa realidade acontece devido a dificuldades logísticas e socioeconômicas presentes na região.
3ª ETAPA - DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA-AÇÃO
Nessa etapa, os estudantes colocam em movimento todo o estudo, pesquisa e planejamento do projeto que escreveram. É o momento de atuar proativamente em âmbitos políticos, sociais e transformadores da realidade local, buscando solucionar os problemas levantados na comunidade. Desenvolvem projetos de revitalização, conscientização, demandas por legislação e outras questões necessárias. Após essa grande transformação, realizam a Culminância do projeto em sua escola e compartilham o saber com toda a comunidade, em uma grande celebração e partilha dos saberes e ações fomentadas até aqui.
4ª ETAPA - TURISMO EDUCACIONAL
É o momento de ampliar os horizontes e conectar todo o aprendizado desenvolvido até aqui no território com a realidade social, política e cultural do restante do Estado e do país. No Turismo Educacional, os estudantes participam de aulas in loco em cidades históricas, visitando universidades, museus e teatros. Essa etapa promove a pesquisa histórica, o sentimento de pertencimento e a vivência estética. Em cada visita do roteiro, educadores e estudantes se aprofundam em temas transversais, relacionando cultura, meio ambiente, história, atualidade política, entre outros.
5ª ETAPA - FESTIVAL DE HUMANIDADES
Grande encontro da juventude da Chapada dos Veadeiros. O Festival de Humanidades é a etapa onde as equipes escolares dos sete municípios se encontram para partilhar os seus projetos desenvolvidos ao longo do ano. É o momento da divulgação científica do que fizeram em um grande congresso estudantil, onde promovem rodas de conversa, trocas de saberes, vivências artísticas, oficinas, aprendendo e ensinando juntos. Um momento rico e potente para promover as habilidades de futuros pesquisadores e líderes da juventude. É o momento de partilhar com os outros jovens como cada equipe elaborou seus projetos a partir do mesmo tema central estudado e de como encontraram soluções diferentes para problemas locais.
TERRITÓRIO
Atualmente, participam da Olimpíada de Humanidades 10 unidades educacionais dos 7 municípios que circundam o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Confira as escolas participantes:
ALTO PARAÍSO DE GOIÁS
- Educandário Humberto de Campos
- C.E. Dr. Gerson de Faria Pereira
- CEPI Moisés Nunes Bandeira
- Escola Dona Lindú (Distrito de São Jorge)
CAVALCANTE
- C.E. Elias Jorge Chein
COLINAS DO SUL
- CEPI Joaquim Tomaz Ferreira da Silva
NOVA ROMA
- C. E. Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco
MONTE ALEGRE DE GOIÁS
- C. E. Antônio José de Oliveira
SÃO JOÃO D'ALIANÇA
- C. E. Pedro Ludovico Teixeira
TERESINA DE GOIÁS
- C. E. Joaquim de Souza Fagundes
VII Edição - 2024
TEMA DO ANO
ESPERANÇAR DA JUVENTUDE: O TECER COLETIVO NA CHAPADA DOS VEADEIROS
Este ano, a Olimpíada de Humanidades traz mais um tema inspirador: “Esperançar da Juventude: o tecer coletivo na Chapada dos Veadeiros”. Essa edição é um desdobramento do que trabalhamos ano passado, quando o tema foi “O Esperançar da Juventude da Chapada dos Veadeiros: em defesa da Terra e dos Direitos Humanos”, permitindo que as escolas participantes aprofundem os projetos que já começaram e explorem novas dimensões da criatividade e da pesquisa no campo das ciências humanas.
Esta foi a primeira edição a decidir manter como tema um desdobramento do tema da edição anterior. Percebemos que os projetos propostos ano passado traziam um escopo de atuação e possibilidades de desdobramentos de mais longo prazo, buscando soluções efetivas para os problemas locais identificados. Os projetos demandam articulações mais profundas entre instituições e o desenvolvimento de ações em rede. Esse resultado é um indicativo de que os estudantes compreenderam o objetivo da Olimpíada de Humanidades.
O tecer coletivo da Juventude na Chapada dos Veadeiros
A origem do ato de tecer é muito antiga e se perde no tempo da nossa memória. Esse trabalho está muito presente no nosso cotidiano e é comum conhecermos alguém que trabalha com alguma formar de tecelagem ou trabalhe com fios, como crochê, tricô, costura, bordado, fiar.
Por essa relação tão antiga com os fios, eles estão presentes no nosso imaginário coletivo. Frequentemente dizemos: “perdi o fio da meada”; “estou enrolada”; “está tudo por um fio”; “minha vida deu um nó”.
Fazendo uma relação do tecer com a vida, o mundo pode ser lido como um grande e complexo emaranhado de nós formando um imenso tecido de eventos, situações, onde tudo e todos estão conectados, se relacionando, se combinando, alterando, determinando a textura do todo, formando a grande teia da vida. Funcionamos em rede e estamos permanentemente em rede, interagindo com tudo e todos, influenciando e sendo influenciados/das.
Podemos encontrar nas obras de Antônio Bispo ideias que reafirmam esta compreensão de mundo, integral e de interconexões, de “confluências” e “diversal”, a partir da força ancestral de circularidade, “começo, meio, começo”. A famosa obra “A Teia da Vida” de Frijoff Capra, também reafirma esta visão de mundo.
De acordo com a educadora e psicóloga Angela Philippini (2009), do ponto de vista simbólico, tecer equivale a: reunir, tramar, estruturar, interagir, relacionar, ordenar, organizar, desembaraçar. Estas são qualidades que aprendemos no trabalho de tecelagem e que também estão presentes nas mais diversas vivencias individuais e coletivas.
Por isso quando falamos do tecer coletivo da juventude na Chapada dos Veadeiros estamos falando metaforicamente da ação, do trabalho em rede, das conexões e articulações feitas por esses jovens. Ações estas, motivadas pelos sonhos, pelo “esperançar”, traduzindo-se na materialização, na realização de ações transformadoras no seu território.
Ao tecer nos apropriamos do nosso próprio fluxo criativo e existencial, tomamos em nossas mãos a materialização das nossas escolhas, aprendemos a ser protagonistas da nossa própria vida.
PROJETOS
ALTO PARAÍSO DE GOIÁS
Educandário Humberto de Campos
FEIRA SABERES E SABORES DA ROÇA: PROMOVENDO O TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA NA REGIÃO DA CIDADE DA FRATERNIDADE
Professora orientadora
Jackeline da Costa Sebastião
Estudantes participantes
Helena de Amorim dos Santos, Isabela Cristina Fernandes da Silva, Kauãny Pereira Gomes, Larissa Lorany Alvez Gonsalves, Liriel Raquel Silva Soares, Lívia Queli Rodrigues dos Santos, Maria Eduarda Pereira da Silva, Moreana Moara Mendonça Dourado, Rafael Cordeiro de Matos
Sara Alves dos Reis, Sarah da Silva Boaventura, Yasmim Freitas Fonseca, Cauã Themoteo Gertrudes, Deivid Rodrigues de Jesus, Elaine de Amorim dos Santos, Emanuely Moreira de Lima Leite, Francisco Sebastião Furtado Loureiro, João Sebastião Furtado Loureiro, Kadja Santos de Oliveira, Leandro Lopes Sousa, Luiz Henrique Pereira Gomes, Maria Victoria Ferreira Ramos, Renato Pereira da Silva, Yasmin Gomes Teles, Amanda Pereira Candido da Silva, Darli Erli Rosa de Jesus Pereira, Lívia de Jesus Silva, Michele Ramos Conceição, Rayssa Carolina Macedo Gomes, Vyvyan de Oliveira Carvalho, Michele Ramos Conceição, Murilo Gertrudes Pereira e Crislaine Ferreira de Jesus Oliveira.
Objetivo geral
Fortalecer e promover a Feira “Saberes e Sabores da Roça”, contribuindo para o desenvolvimento da economia local por meio do turismo de base comunitária na Cidade da Fraternidade e região. Para isso, buscamos ampliar a feira, garantindo um local adequado para sua realização, pelo menos uma vez por mês, para que ela se torne parte do calendário turístico de Alto Paraíso de Goiás.
Objetivos específicos
- Contribuir para a permanência dos/as alunos/as que queiram se fixar no campo, pois terão oportunidade de vendas de seus produtos na feira;
- Realizar, ao longo de 2024, quatro edições da Feira Saberes e Sabores da Roça e fazer a divulgação do evento em parceria com a Secretaria de Turismo e a Secretaria de Cultura de Alto Paraíso de Goiás;
- Construir e aplicar um questionário com 10 perguntas para ser aplicado durante a feira com o intuito de descobrirmos o perfil do visitante e do turista;
- Concluir e inaugurar a Casa das Sementes Crioulas, parte do Projeto de 2023;
- Produzir um mini documentário sobre o processo de criação da Feira Saberes e Sabores da Roça, desde 2019 até o presente;
- Compor letra de música (Rap) abordando a temática do projeto;
- Disponibilizar um palco aberto, ao longo da culminância, para artistas (músicos, poetas) que queiram divulgar seus trabalhos artísticos;
- Promover a troca e doação de livros por meio de um balaio literário na Culminância, onde haverá livros e gibis à disposição da comunidade;
- Participar de oficinas de artes plásticas.
C.E. Dr. Gerson de Faria Pereira + CEPI Moisés Nunes Bandeira
COLETIVO DE ESPERANÇA E TRANSFORMAÇÃO: JUVENTUDE EM AÇÃO NA CHAPADA DOS VEADEIROS
Professor/as orientador/as
Angelo da Silva, Mirian Dias do Santos e Tatiana Barbosa
Estudantes participantes
Akiria Aparecida Torres Ferraz, Emilly Victórya, Hudson ferreira Couto, Hugo Eduardo, Jhenifer Kelly Oliveira Santos, Jheniffer Hiana Rodrigues, Jucileia Moreira de Sousa, Juliane Pereira de Moura, Marina Alencar Barbosa, Lethicia Pereira Fonte, Mirian Jose Pereira, Ryan
Torres Reges, Thiago Rafael Silva Souza, Vinicius Cardoso da Silva e Vitor Gabriel dos Anjos Santos Reis.
Objetivo geral
Implementar ações por meio do Coletivo Jovem para melhorar o bem-estar da juventude de Alto Paraíso de Goiás, promovendo a conscientização sobre direitos, os riscos da gravidez na adolescência e a importância da educação sexual. Além disso, buscaremos
facilitar o acesso aos atrativos naturais da região, visando promover o bem-estar físico, emocional e mental dos adolescentes e jovens, assegurando que seus direitos, conforme estabelecido por lei, sejam respeitados.
Objetivos Específicos
- Conscientizar a comunidade jovem sobre os riscos da gravidez na adolescência e como esses riscos afetam seu convívio e bem-estar;
- Identificar o número de adolescentes e jovens em situação de gravidez precoce;
- Promover palestras para conscientizar sobre os riscos à saúde associados à gravidez na adolescência;
- Apresentar os métodos contraceptivos mais adequados para a faixa etária em questão, destacando opções que sejam seguras;
- Auxiliar as adolescentes e jovens que se encontram em situação de vulnerabilidade;
- Conhecer o trabalho do Projeto Semente Amarela;
- Entrevistar profissionais na área de saúde;
- Promover a campanha de arrecadação de enxoval para bebê “O Amor em Cada Tecer”;
- Garantir que o direito de meia-entrada para estudantes no município seja executada;
- Propor a elaboração de um Projeto de Lei Municipal para garantir a efetivação da entrada dos estudantes de Alto Paraíso de Goiás aos atrativos naturais de Alto Paraíso de Goiás, juntamente com o Comitê de Participação do Adolescente (CPA);
- Realizar um abaixo-assinado com os estudantes do município para mobilizar os jovens em apoio a essa causa, enfatizando a importância do Cerrado e a necessidade de acesso aos atrativos naturais, além dos passeios escolares;
- Dialogar com os donos dos entornos dos atrativos naturais para cumprir a lei que já é federal e buscar maneiras para alcançar a adesão dos proprietários dos atrativos naturais de Alto Paraíso de Goiás à Lei nº 12.933, de dezembro de 2013;
- Registrar em fotos as ações que realizaremos e imprimi-las para exibir durante o Festival;
- Escrever o roteiro do Chapada News, gravar e editar o noticiário artístico;
- Exibir as fotos tiradas junto aos ‘Olhos de Deus’ utilizando linhas, acompanhadas de frases relacionadas ao projeto.
Escola Dona Lindú (Distrito de São Jorge)
GARIMPANDO AS MEMÓRIAS DELAS: A HISTÓRIA DAS MULHERES GARIMPEIRAS NA VILA DE SÃO JORGE
Professora orientadora
Mylena Pádua
Estudantes participantes
Hendril Gabriel, Sávio Araújo, George Batista, Indianara Azevedo, Maria Vitória Oliveira, Jeovana Silva e Alison Lopes.
Objetivo geral
O objetivo do projeto da escola Dona Lindú é resgatar as Memórias das Mulheres Garimpeiras da Vila de São Jorge, dando voz e visibilidade ao papel crucial delas no garimpo. Para que, os estudantes que participam se conectem e compartilhem a história de força e independência destas figuras articuladoras nesta história importantíssima da vila de São Jorge.
Objetivos específicos
- Apresentar a história do garimpo na Vila de São Jorge;
- Focar a participação feminina nas atividades de extração do cristal, mostrando as relações familiares, sociais e dificuldades enfrentadas;
- Divulgar o resultado dos levantamentos por meio de apresentações, fotografias e vídeos temáticos;
- Aponta o porquê as mulheres são esquecidas quando tocamos na história do garimpo, e procurar saber mais sobre nossas raízes;
- Realizar saídas de campo para conhecer as minas de garimpo da chapada dos veadeiros;
- Fazer leituras de livros didáticos com intuito de conhecer mais sobre a história do garimpo da vila de são Jorge;
- Realizar entrevistas com as peças principais para o garimpo.
CAVALCANTE
Colégio Estadual Elias Jorge Cheim
O RESGATE DA ANCESTRALIDADE FEMININA KALUNGA PELA JUVENTUDE CAVALCANTENSE: COMPREENDER O PASSADO, DANÇAR O PRESENTE E TECER O FUTURO
Professoras orientadoras
Tainara Xavier, Lilian Gomes dos Santos e Ludmila Rocha
Estudantes participantes
Amanda Kelly Luciana dos Santos, Adriel Figueredo da Silva, Amanda Pereira de Torres, Ana Clara Resende Mourão, Ana Luiza Magalhães Costa, Artur Sousa Alvarenga, Artur Sousa Alvarega, Ataild Ferreira Maia, Carlos Eduardo Pereira da Silva, Cezidio Martins Arrais, Daniel Sousa Monteiro, Dayanne Cardoso de Oliveira, Emanuel Bezerra de Sousa, Filipe Ferreira Magalhães,Gabryela Rodrigues dos Santos Rosa, Guilherme Ferreira da Conceição, Higor dos Santos Torres, Hyan da Silva Ribeiro, João Geraldo Lemes Barbosa Neto, Juliana Araújo Tememais Santo, Kelly Gonçalves Farias da Silva, Lara Rodrigues Lopes, Leila Ivana dos Santos, Livya Sousa, Luis Otávio Francisco Alvarenga, Luiz Augusto Gonçalves dos Santos Rosa, Mábylle Moreira dos Santos Lopes, Maria Eduarda Batista Alves, Marcelo Barreira Galvão, Marco Anthonio Lustosa Bastos, Murillo Benigno Assunção Malta, Murilo Neris Paulino, Nadia Ferreira de Andrade, Nicolas de Sousa Dias, Octávio Alves Oliveira, Raphaela Rodrigues Xavier de Sousa, Renan Gonçalves Pereira, Safira Rodrigues dos Santos Rosa, Samara Christine Poeck Chaveiro, Samara Ferreira de Araújo, Sara Pereira dos Santos, Sophie de Oliveira Rubato, Stefany Pereira, Tháylla Alves Costa, Vitor Hugo Araujo Moreira e Wilmara Fernandes das Neves.
Objetivo geral
Valorizar a ancestralidade feminina Kalunga cavalcantense, promovendo a inclusão social e a valorização da diversidade, a partir de mulheres e jovens.
Objetivos específicos
- Buscar mestres de comunidades kalungas para apresentarmos aos jovens a importancia da nossa cultura;
- Produzir apresentações com danças que fazem parte da cultura Kalunga;
- Realizar entrevistas e pesquisas participativas para documentar as histórias de vida, tradições e saberes das mulheres kalungas, preservando e difundindo seu legado ancestral;
- Promover oficinas e atividades educativas que valorizem as praticas culturais e conhecimentos tradicionais das mulheres kalungas, incentivando a transmissão desses saberes.
COLINAS DO SUL
Colégio Estadual Joaquim Tomaz Ferreira da Silva
VIVERES DO CERRADO: TECENDO MEMÓRIAS
Professoras orientadoras
Athaianna Gonçalves Modesto e Dayse Xavier de Matos
Estudantes participantes
Aissa Neres da Trindade, Alessa de Brito Nápoles, Aline Nathalia Coelho Botelho da Silva, Ana Clara Pereira, Ana Luísa Neres Braga, Arthur Marcelo da Silva, Brenno Felipe Teles Vieira, David Francisco Gomes, Duan Victor Ferreira Goulart, Eduardo Cardoso de Almeida, Francisca Deisiane da Silva Cezario, Francisco Willyan de Souza Barbosa, Isabella Moreira de Ataídes, Isabelly Rodrigues Moreira, Isadora Rodrigues Moreira, Joaquim Xavier de Matos Netos, Kayky Matheus Pires do Carmo, Kelly Cristina Alves Rodrigues, Luis Fernando Santana Cardozo, Marcos Eduardo da Silva Santos, Marcos Vinícius Francisco Figueiredo, Maria Eloisa dos Santos Pereira, Maria Gabrielly Pires Barbosa de Sousa, Matheus Amorim da Silva, Maysa Luana Dias da Costa, Oseias Gabriel de Oliveira Araújo, Paula Izadora Machado da Costa, Pedro Régis Cardoso Peixoto, Thaís de Sousa Barbosa, Victor Hugo Sousa Paulino, Wemesson Kaway Sousa de Oliveira.
Objetivo geral
Incentivar a adoção de práticas que desafiem os estudantes a se envolverem com as vivências culturais dos pioneiros de Colinas do Sul, investigando e documentando sua relação com o meio-ambiente e o tempo, usando conexões entre a juventude e a sua importância na formação da identidade social do município.
Objetivos específicos
- Compreender o processo de fundação e formação do município, através de leitura de artigos, filmes, entrevistas e documentários;
- Organizar saídas de campo a locais onde há marcas evidentes da passagem dos pioneiros;
- Conhecer a produção de arte em linhas (crochês e bordados);
- Realizar exposições sobre as farinheiras, tecelãs, parteiras e raizeiras, evidenciando o papel da mulher dentro da sociedade ao longo do período de construção da sociedade;
- Produzir uma árvore genealógica, apreciando as famílias pioneiras e as conexões com os estudantes envolvidos na Olimpíada;
- Explorar o pioneirismo dentro do contexto cultural, promovendo a preservação das tradições culturais únicas;
- Investigar o modo de subsistência dos pioneiros atrelados ao uso do Cerrado como meio de desenvolvimento econômico.
MONTE ALEGRE DE GOIÁS
Colégio Estadual Antônio José de Oliveira
VALORIZAÇÃO DAS RAÍZES CULTURAIS NA COMUNIDADE QUILOMBOLA KALUNGA RIACHÃO, DE MONTE ALEGRE DE GOIÁS
Professor/a orientador/a
Célia Francisco e Farlly Araújo Torres
Estudantes participantes
Adriele Pereira da Silva, Alex Sandro Rodrigues Batista, Ana Clara Alves Gonçalves, Carla Mariana Pereira Dos Santos, Catarina Ketely Pereira De Matos, Débora Gabriele Rodrigues Pereira, Denílson Ferreira De Oliveira, Eduarda Moreira Araújo, Elias Ferreira Da Silva, Eloise Fernandes Ribeiro, Eudiele Pereira Da Silva, Evilin Geovana Borges De Moura, Grazielly Menezes Da Silva, Hellen Rodrigues Dos Reis, Izequiel Montijo Da Silva, Jhully Vitória Teles de Castro, João Vitor Gonçalves Reis, Juli Clessya Pereira Montalvão, Jussara Kely Dos Santos Silva, Kamilla Teixeira Dos Santos, Kássio Enrick Silva Santos Dourado, Katiely Pereira Prado, Katyane Pereira Prado, Kauan Fernandes Da Cunha, Lara Oliveira França, Ludilene Rodrigues Reis, Maria Clara Da Silva Morais, Maria Loyane Ferreira Santos, Nayara Moura Silva Cardoso, Noábia Silva Rosa, Pedro Henrique Lustosa Da Silva, Rony Ferreira Costa De Oliveira, Rykelme Ferreira Nunes, Sumaya Honorato Cema, Werikson Joabe Ferreira De Jesus e Yasmin Ferreira de Oliveira.
Objetivo geral
Conhecer e valorizar a Comunidade Quilombola Kalunga de Monte Alegre de Goiás, resgatando parte de sua história e saberes, promovendo a troca de experiências entre as escolas municipais e estaduais.
Objetivos específicos
- Conhecer, registrar, preservar e difundir a memória Quilombola Kalunga de Monte Alegre de Goiás;
- Registrar as informações coletadas por meio de fotos, vídeos e relatos, para compartilhar com a comunidade monte alegrense;
- Divulgar e promover a conscientização sobre a importância da preservação da cultura Quilombola Kalunga de Monte Alegre de Goiás;
- Desenvolver um projeto de Lei Municipal “Iaiá Procópia”, em parceria com a Câmara Municipal de vereadores de Monte Alegre de Goiás para implementar a “Semana da Valorização da Cultura Kalunga”, estabelecendo o dia 10 de fevereiro, aniversário de Dona Procópia, como “Dia da Cultura Kalunga” no calendário escolar municipal;
- Realizar atividades de interação cultural entre as escolas municipais e estaduais do nosso município, para promover a inclusão e a valorização da diversidade cultural;
- Promover ações de incentivo à preservação e valorização da cultura Quilombola Kalunga, por meio de palestras, campanhas e atividades educativas;
- Visitar a comunidade Quilombola Kalunga Riachão, local de moradia da Dona Procópia;
- Visitar o museu da comunidade Quilombola Kalunga Riachão;
- Conscientizar a comunidade sobre a necessidade de implantarmos a “Semana da Valorização da Cultura Kalunga” dentro do calendário escolar municipal;
- Realizar, na culminância e no Festival de Humanidades, apresentações de manifestações culturais da comunidade monte alegrense como a capoeira e a súcia.
NOVA ROMA
Colégio Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco
ARTE CULTURA: CORAÇÃO SERESTEIRO DOS LUARES DO CERRADO
Professoras orientadoras
Edvane dos Passos Pereira Mendes e Magda Maria Ferreira Santos Santana
Estudantes participantes
Ana Júlia Cardoso Santos, Bruno Moraes Santos, Cibelle Silva Souza, Danillo Feitosa de Sousa, Davi Strack Mendes, Eduardo Elias Campelo, Emanuelle Gonçalves Valente, Gabriel Moreira dos Santos, Gabriel Nogueira da Silva, Isabella Bispo da Cruz, Isadora Ramos Ferreira, Kayllane Matos Santana, Marcos Felipe Suares Calado, Maria Eduarda Correia de Brito, Maria Eduarda Leite Pereira, Maria Fernanda de Sousa Galvani, Mateus Henrique Passos Pereira, Matheus Henrique Passos dos Santos, Matheus Soares Santos, Myrella Teixeira Gomes, Nara Luiza Calado Tavares, Nathalia Cardoso Alvarenga, Samilly Driele Martins de França, Sophia Lima Magalhães, Thiago Melo Lopes, Túlio Barbosa Silva e Vinicius Batista dos Santos.
Objetivo geral
Buscar fomentar a Casa de Cultura com mais objetos, exposições artísticas, oficinas e apresentações culturais, no sentido de envolver a população no resgate da valorização da cultura material e imaterial da comunidade.
Objetivos específicos
- Organizar exposições na Casa de Cultura Tio Ladú e Tia Guilhermina;
- Oferecer oficinas de artesanato e música;
- Fazer levantamento de artistas para elaborar a programação da casa de cultura;
- Buscar pessoas da comunidade que sejam guardiões da tradicional dança de São Gonçalo em Nova Roma e aprender alguns passos;
- Apresentar a dança de São Gonçalo na culminância e no Festival de Humanidades.
SÃO JOÃO D'ALIANÇA
Colégio Estadual Pedro Ludovico Teixeira
ESPAÇOS TRANSFORMADOS: HORTA COMUNITÁRIA NA CIDADE DE SÃO JOÃO D’ALIANÇA
Professoras orientadoras
Hellen Cristina Soares de Araújo e Wênia Serafim dos Reis Dias
Estudantes participantes
Ana Luíza dos Santos Souza, Artur Ferreira da Silva, Cinthia Gabrieli Almeida Rodrigues, Cristhian Martins da Paixao, Danielly da Silva Matias, Ebert Pereira da Silva, Ellen Rodrigues Da Cruz, Lauane Vitória Pala, Laysa Rodrigues Rocha, Letícia da Silva Ribeiro, Luise Cruz dos Santos, Maria Aparecida Rodrigues Ribeiro, Michael Sousa Silva, Micaelly Maria Rodrigues de Almeida, Raissi Rodrigues dos Santos, Rafael Pereira
Carvalho, Rayra De Sousa Gonzaga e Zenailton Gonçalves dos Santos.
Objetivo geral
Desenvolver uma horta comunitária que funcione como um espaço para aprendizado e interação, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da comunidade e reduzindo a quantidade de resíduos orgânicos descartados inadequadamente.
Objetivos específicos
- Buscar uma área para fazer a horta comunitária;
- Sensibilizar e conscientizar a comunidade sobre a gestão de resíduos orgânicos;
- Construir a horta comunitária;
- Criar uma peça teatral sobre o tema;
- Elaborar a culminância para apresentar o projeto desenvolvido à comunidade local.
TERESINA DE GOIÁS
Colégio Estadual Joaquim de Souza Fagundes
O PROCESSO DE (RE)VITALIZAÇÃO EM UMA ÁREA DE FORMAÇÃO CAMPESTRE NO MUNICÍPIO DE TERESINA DE GOIÁS: CAMINHOS TRILHADOS E RESULTADOS ALCANÇADOS
Professoras orientadoras
Edvânia Barbosa de Oliveira e Tassita Kamassagre Ferreira Alves
Estudantes participantes
Ana Beatriz Pereira da Cunha, Ana Vitória Rabelo Almeida, Andressa da Rocha Silva, Andrieli dos Santos Queiroz, Darlene Pereira Fernandes, Diego Kaell da Silva Bastos, Eduarda Soares Cardoso, Emilly Eduarda Soares dos Santos, Fernanda Pereira dos Santos, Ingrid de Souza Almeida, Jadson Jacundá da Costa Cantuária, João Pedro Rodrigues Marques, João Victor Ferreira Celestino, Júlia Gabrielly Cantuária da Silva, Lilian Pereira dos Santos, Marina Cunha da Silva, Merison Maia Moreira, Millena Coelho dos Santos, Paula Abadia da Silva Reis, Rafaelly Rodrigues de Sousa, Sabrine Fernandes de Aquino, Samuel Pires De Bragança Neto, Uegda Pereira Dias, Douglas Dias, João Filho Cardoso
Bispo e João Pedro da Costa Serafim.
Objetivo geral
Retomar a revitalização de uma área úmida no município de Teresina de Goiás, degradada pela ação humana. Com isso, o espaço será arado, cercado, haverá parceria com órgãos competentes (organização Cerrado de Pé e Prefeitura Municipal de Teresina de Goiás), dentre outros. Também realizaremos o plantio (muvuca) das sementes nativas e retiraremos as gramíneas exóticas.
Objetivos específicos
- Buscar parcerias com (ACP) Associação Cerrado de Pé e órgãos competentes, para a
revitalização das áreas degradadas; - Mapear duas quadras com presença de áreas de Campos Úmidos do município de
Teresina de Goiás; - Realizar visita técnica com profissional qualificado para estudo das gramíneas nativas;
- Criar ações para que as/os estudantes conheçam as espécies nativas (fauna e flora) de áreas
de campo úmido; - Criar mapa para apresentação científica;
- Realizar limpeza da área em estudo;
- Elaborar e apresentar um teatro voltado para os elementos que compõem a natureza
(terra, fogo, água e ar), demonstrar a fitofisionomia do cerrado a partir de poemas
declamados e exposição de fotos.
VI Edição - 2023
TEMA DO ANO
O ESPERANÇAR DA JUVENTUDE DA CHAPADA DOS VEADEIROS: EM DEFESA DA TERRA E DOS DIREITOS HUMANOS
O tema ‘O Esperançar da Juventude’ parte de uma provocação do professor Paulo Freire, quando diz que esperançar não é espera, mas ação; é nos unirmos às outras pessoas para fazer diferente, é construir e levar adiante. Diante de nós, temos o desafio de fazer avançar o respeito à natureza e aos direitos humanos. É um convite à juventude da Chapada dos Veadeiros para o caminhar em comunhão, em busca da realização de sonhos possíveis.
PROJETOS
ALTO PARAÍSO DE GOIÁS
Autoras(es): Amanda Pereira Candido da Silva, Cauã Themóteo Guertrudes, Crislaine Ferreira de Jesus, Darli Erli Rosa de Jesus Pereira, Deivid Rodrigues de Jesus, Elaine de Amorim dos Santos, Emanuely Moreira de Lima Leite, Emmilly Aparecida da Costa Cordeiro, Francisco Sebastião Furtado Loureiro, Gabriel José do Amaral Briguete, Geovana Raica Rodrigues de Sousa, Gessica dos Anjos Santos, João Sebastião Furtado Loureiro, Kauani Moreira dos Reis, Kevin Kauã de Oliveira Lopes, Leandro Lopes Sousa, Lívia de Jesus Silva, Luiz Henrique Pereira Gomes, Maria Vitória Ferreira Gomes, Maycon Elson Pereira Gomes, Michele Ramos Conceição, Nayra Fabiane Alves de Morais Rocha, Pedro Henrique da Silva Boaventura, Rayssa Carolina Macedo Gomes, Renan Evangelista dos Santos, Renato Pereira da Silva, Samuel Gomes de Oliveira, Vitor César Cardoso de Sá, Vyvyan de Oliveira Carvalho, Yasmin Gomes Teles
Professoras/articuladoras: Jackeline da Costa Sebastião
Introdução: O presente projeto buscou desenvolver o mapeamento turístico do Assentamento Sílvio Rodrigues e região, situados em Alto Paraíso de Goiás, incentivando o turismo de base comunitária e inserindo a comunidade envolvida nestas atividades, nos roteiros turísticos da Chapada dos Veadeiros. O turismo no município de Alto Paraíso de Goiás é fundamental para a geração de empregos diretos e sazonais, no entanto, essa potencialidade não tem sido acessada pelos moradores da área rural. Ao identificar as necessidades dos moradores locais, o trabalho teve como objetivo responder a seguinte pergunta: “É possível se organizar enquanto comunidade para receber turistas seguindo os preceitos do turismo de base comunitária?” Um dos intuitos com o mapeamento dos potenciais turísticos é a geração de renda para os produtos da região – incluindo serviços de hospedagem, guia de atrativos turísticos naturais, artesanato, manifestações culturais, gastronomia e saberes do campo – contribuindo para o crescimento da comunidade e visibilidade do território através do turismo de base comunitária.
Metodologia: Para alcançar os objetivos que fazem parte da pesquisa-ação, foram realizados encontros semanais, rodas de conversa sobre o tema, oficinas artísticas e criação de grupos que ficaram responsáveis em trazer informação sobre cada área a ser destacada dentro do turismo de base comunitária.
Resultados e discussão: O projeto se encontra em franco desenvolvimento, e, no momento, estão sendo criados um mapa artístico, um mapa impresso e um mapa online (aplicativo e site), incluindo dicas de viagem e recomendações de atrações turísticas, bem como o uso de mídias sociais (Instagram) para divulgar a região para potenciais viajantes. Houve a participação de estudantes no curso de guia, e, no momento, o projeto tem como foco construir uma casa de adobe que será um banco de sementes e centro de atendimento ao turista. Na culminância, foram confeccionados ornamentos utilizando materiais reciclados e naturais como plantas do Cerrado e geotintas. Além da comunidade escolar e da equipe do Ipeartes, o evento contou com a participação de comunitários que fizeram uma exposição dos serviços que buscam oferecer dentro de uma perspectiva de turismo sustentável que estão relacionados aos saberes da região. Assim, com os materiais que serão criados a partir do mapeamento turístico e que serão disponibilizados para a comunidade, busca-se incentivar as pessoas a conhecerem a diversidade cultural, histórica e natural locais, e a apoiar as atividades econômicas relacionadas ao turismo na região.
Conclusão: Com o desenvolvimento do projeto que ainda está em construção, tivemos a oportunidade de conhecer mais nossa própria região e entender quais os anseios da comunidade. Foi possível compreender as características que compõe o turismo de base comunitária e a importância dele estar conectado com a cultura local e com a possibilidade de crescimento social dos/as envolvidos. Para além do conhecimento científico sobre o tema, a realização do projeto foi um momento de trabalharmos em coletivo e de compreender que o esperançar da juventude do EHC, se fortaleceu no encontro, na discussão e na realização de projetos como este, que buscam promover de forma responsável a geração de benefícios econômicos, o desenvolvimento social e a conservação do meio ambiente na comunidade a qual fazemos parte.
Referências bibliográficas:
BARTHOLO, R. Turismo de Base Comunitária – diversidade e olhares e experiências brasileiras. Editora Letra e Imagem, 2007.
CARTA da TERRA, 1994. Disponível em https://antigo.mma.gov.br/educacao-ambiental/pol%C3%ADtica-nacional-de-educa%C3%A7%C3%A3o-ambiental/documentos-referenciais/item/8071-carta-da-terra.html Acesso em 18 de abril de 2023.
ICMBIO. Parque Estadual Águas do Paraíso. Disponível em: https://www.meioambiente.go.gov.br/acesso-a-informacao/118-meio-ambiente/unidades-de-conserva%C3%A7%C3%A3o/2207-parque-estadual-%C3%A1guas-do-para%C3%ADso-%E2%80%93-peap.html Acesso em 17 de maio 2023.
MAPBIOMAS. Disponível em https://mapbiomas.org/. Acesso em 27/04/2023.
RIBEIRO, L.S. História do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros: da sua criação à sua (re)ampliação em 2017. 167p. Dissertação (Mestrado). Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS), Universidade de Brasília (UnB), 2020.
SALGADO, T. R.; VIANA, J. L. R.; ARAGÃO, A. L. S. Impactos da Atividade Turística à Economia Municipal de Alto Paraíso de Goiás. Revista Mercator. Fortaleza, 13(3): 75- 91, 2014.
SILVA, Anair Araújo [et al.]. Pesquisa – Ação: Princípios e Fundamentos. Revista Prisma, Rio de Janeiro, v.2, n.1, p. 2 -15, 2021.
VIVALÁ. O que é Turismo Sustentável. Disponível em: https://www.meioambiente.go.gov.br/acesso-a-informacao/118-meio-ambiente/unidades-de-conserva%C3%A7%C3%A3o/2207-parque-estadual-%C3%A1guas-do-para%C3%ADso-%E2%80%93-peap.html Acesso em 17 de maio de 2023
Autoras(es): Akiria Aparecida Torres Ferraz, Ana Julia de Souza Pereira, Eloyza Ferreira Soares, Emilly Victórya Campos Rodrigues, Hudson Ferreira Couto, Hugo Eduardo, Jhenifer Kelly Oliveira Santos, João Pedro Bispo Barbosa, Jucileia Moreira de Sousa, Kalyma Thayna de Moura Bernardes, Lethicia Pereira Fonte, Lucas Gabriel Guedes do Nascimento, Mirian José Pereira, Naielle Eduarda Xavier da Silva, Thiago Rafael Silva Souza, Vinicius Cardoso da Silva, Vitor Gabriel dos Anjos Santos Reis
Professoras/articuladoras: Mariana Alves e Tatiana Barbosa
Introdução: O presente projeto surgiu a partir do descontentamento dos estudantes com a falta de oferta de lazer, cultura e esporte destinados aos jovens da cidade de Alto Paraíso de Goiás. Após estudos em grupo sobre direitos humanos e a necessidade de defesa da Terra, foi possível analisar e perceber que muitos dos direitos que temos não são contemplados em nossa sociedade. Desta forma, viu-se a necessidade da criação de um Coletivo Jovem como espaço de estudos e trocas para ajudar na elaboração de ações que contemplem seus direitos. Para a concretização do coletivo, foi pensado a criação de um espaço de cultura, lazer e esporte para a juventude em num futuro próximo, para que os/as adolescentes e jovens da cidade possam se informar, discutir e se articular para reivindicarem a contemplação de seus direitos.
Metodologia: A fim de mobilizar a juventude da cidade para a criação de um Coletivo Jovem, foram realizadas rodas de conversa para debater os Direitos Humanos e da Juventude, encontros com outros coletivos da cidade, visitas técnicas em locais de práticas esportivas e conversas com personalidades políticas na tentativa de saber mais sobre as leis vigentes relacionadas aos direitos da juventude no município.
Resultados e discussão: A cidade de Alto Paraíso de Goiás compõe a Área de Proteção Ambiental (APA) de Pouso Alto e abriga a entrada para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. A existência do Parque traz impactos sociais diretos como, por exemplo, a exploração do trabalho pela atividade turística. Os detentores do monopólio turístico são pessoas que vieram de outras regiões para morar aqui, o que intensifica a desigualdade social e outros problemas como a gentrificação. Diante desse cenário, percebeu-se o distanciamento de grande parte da juventude do município das atividades culturais e de lazer, já que não têm acesso aos atrativos naturais existentes na região devido ao alto custo das entradas dos atrativos. Também notou-se a falta de locais para prática esportiva que contemple as jovens da cidade. Partindo de diversos questionamentos e problemáticas percebidas, fez-se necessário a formação do coletivo, para que tais descontentamentos fossem revertidos em ações propositivas de inclusão desses jovens no cenário cultural, esportivo e de lazer da cidade. Com a proposta de apresentar o projeto e trazer seus anseios para a comunidade, foi realizada a culminância na escola Dr. Gérson de Faria Pereira para toda comunidade escolar apresentando os registros das ações desenvolvidas durante a pesquisa-ação, além de uma exposição oral das problemáticas que se busca combater, sensibilizando os ouvintes a respeito das questões sensíveis que os tocam.
Conclusão: O projeto serviu para o fortalecimento da equipe enquanto Coletivo Jovem de luta, que busca maiores oportunidades de participação no cenário cultural, esportivo e de lazer em Alto Paraíso de Goiás. Além disso, por meio de estudos sobre Direitos Humanos e, a partir da necessidade de se fazer valer as garantias dos jovens, foi fundamental a aplicação de valores humanos como o respeito, a empatia e altruísmo para buscar ações que contribuam para a equidade em nossa cidade.
Referências Bibliográficas:
BRASIL, 2023. Estatuto da juventude. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12852.htm . Acesso em: 23 de outubro de 2023.
ICMBIO, 2023. Parque Nacional Chapada dos Veadeiros. Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/parnachapadadosveadeiros/guia-do-visitante.html . Acesso em: 20 de outubro de 2023.
MMA, 2023. Carta da Terra. Disponível em: https://antigo.mma.gov.br/educacao-ambiental/pol%C3%ADtica-nacional-de-educa%C3%A7%C3%A3o-ambiental/documentos-referenciais/item/8071-carta-da-terra.html . Acesso em: 15 de outubro de 2023.
VARGAS, A. L. DE. S.; GALVÃO, A. L. O. A construção do humano através do esporte como um direito inalienável. Fitness performance, 6(4): 262-267. 2007.
CAVALCANTE
Autoras(es): Brenna Ribeiro Borges, Cintia Milena Dos Santos Rosa, Cristhian Martins da Paixão, Daniel Sousa Monteiro, Nicolas de Souza Dias, Dyenefe Loranne Gonçalves de Sousa, Emanuel Bezerra de Souza, Enzo Paulino Fernandes, João Pedro Candido Correa, Juliana Araújo Tememais Santos, Lucas Gabryel Lustosa, Lucival Torres, Marcos Hiel Ferreira Alves, Mariana Paulino Fernandes, Mariane Alves Lacerda, Murillo Benigno Assunção Malta, Nádia Ferreira de Andrade, Paulo Otávio Freires Poeck Duarte, Raphaela Rodrigues Xavier de Sousa, Rhayllana Rodrigues de Sousa, Renan Gonçalves Pereira, Safira Rodrigues dos Santos Rosa, Sérgio Oliveira Freire, Sofia Cesário de Torres.
Professoras/articuladoras: Anaídes Xavier dos Santos e Maria da Conceição Fernandes Pereira
Introdução: A VI Olimpíada de Humanidades trouxe como temática para esta edição “O esperançar da juventude da Chapada dos Veadeiros – em defesa da terra e dos direitos humanos”. O tema provocou o interesse da equipe sobre a problemática da gestão dos resíduos no município como o descarte incorreto, micro plástico pelas ruas, lixão e a ausência de reciclagem. Visto isto, houve o interesse em desenvolver um projeto que buscasse a sensibilização da população sobre a importância do gerenciamento adequado dos resíduos, uma vez que a poluição ambiental prejudica a comunidade como um todo e impacta a paisagem natural característica da região.
Metodologia: O desenvolvimento do projeto se deu a partir de debates e discussões críticas acerca dos impactos causados pela destinação incorreta dos resíduos no município e foram feitas visitas técnicas em locais de acúmulo de “lixo”. Também foi realizado mutirão de coleta de resíduos em pontos estratégicos da cidade, sensibilização nas escolas por meio de visitas às salas de aula para falar sobre o tema e conversa com servidores públicos e políticos para estabelecimento de futuras parcerias, além de oficinas de música e audiovisual para aprimorar o produto artístico da culminância.
Resultados e discussão: O tema escolhido é recorrente nos debates entre a juventude pertencente a APA de Pouso Alto, por ser um problema de grande relevância mundial e que também afeta o território e compromete a qualidade de vida de seus moradores. Em Cavalcante, buscou-se sensibilizar a população sobre os impactos da destinação incorreta dos resíduos e suas diversas formas de poluição e refletir que as ações contra a poluição ambiental são de responsabilidade coletiva, onde a comunidade precisa mudar o comportamento sobre o consumo e descarte incorreto dos resíduos e exigir, principalmente, políticas públicas que contribuam para resolver tal problemática. Assim, na culminância que foi realizada na feira coberta da cidade, foram convidados servidores públicos e uma representante legislativa, a presidenta da câmara municipal Eriene Kalunga, a promotora de justiça Doutora Ursula e o secretário do meio ambiente e turismo do município servidor João Ribas. Os resultados artísticos foram apresentados na culminância e contou com um repente criado pelo grupo chamado “A Cavalcante que eu quero”, um poema sobre o tema, desfile com 03 peças de roupas produzidos a partir de materiais reciclados, além da exibição de um vídeo que contextualiza a questão da poluição ambiental e os impactos negativos sobre o turismo da cidade. Os agentes públicos presentes na culminância se sensibilizaram com tudo que foi apresentado e convidaram a equipe a desenvolver ações junto a prefeitura e ministério público no intuito de sensibilizar e mobilizar a população para o cuidado ambiental no município.
Conclusão: O presente projeto ainda está em fase de desenvolvimento, pois compreendemos que a sensibilização para a conscientização da comunidade é algo contínuo, um processo. Para que ocorra a mudança de hábito destacamos que devemos trabalhar a ideia de que somos natureza, e, como parte dela, o interesse em viver em equilíbrio ecológico é primordial. Sem o devido cuidado com os resíduos produzidos, ocasiona-se vários tipos de poluição, como a poluição do solo, hídrica, atmosférica, térmica, visual e a proliferação de doenças infecciosas (cólera, leptospirose, leishmaniose, dentre outras), que muitas vezes podem levar a morte. Ao trabalhar o tema, entendemos que a má gestão dos resíduos e o comportamento irresponsável da população com o consumo, produção e descarte, gera muitos impactos negativos à nossa existência, pois os recursos naturais são finitos e quanto mais interagimos de forma predatória, mais as formas de vida no planeta correm risco de sobrevivência e até mesmo extinção.
Referências Bibliográficas:
Poluição, 2023. Disponível em: https://www.biologianet.com/ecologia/polui%C3%A7%C3%A3o.htm . Acesso em: 20 de outubro de 2023.
Poluição, 2023. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/poluicao/ . Acesso em: 20 de outubro de 2023.
COLINAS DO SUL
Autoras(es): Ana Clara Pereira, Ana Luisa Neres Braga, Aline Nathalia Coelho Botelho da Silva, Brenno Felipe Teles Vieira, Bruno Henrique da Silva Maia, Eduardo Cardoso de Almeida, Emerson Ferreira Passos, Francisca Deisiane da Silva C., Fernando Alves de Matos, Geovanna Silvestre Vinhal, Isadora Rodrigues Zebral, Joaquim Xavier de Matos Netos, Kayky Matheus Pires do Carmo, Kelly Cristina Alves Rodrigues, Luis Fernando S. Cardozo, Marcos Eduardo da Silva Santos, Maria Eloisa dos Santos Pereira, Maria Gabrielly Pires Barbosa de Sousa, Matheus Amorim da Silva, Mirela Coelho de Souza, Paula Izadora Machado da Costa, Paulo André Antonio de Alvarenga, Raika Carmo dos Anjos, Samara Pires da Silva, Victor Gabriel Ferreira Marinho Aguiar, Victor Hugo Sousa Paulino, Wemesson Kaway Sousa de Oliveira.
Professoras/articuladoras: Athaianna Gonçalves Modesto e Dayse Xavier de Matos
Introdução: O presente projeto buscou contemplar a identidade e os direitos dos povos indígenas, em especial da etnia Avá-Canoeiro que está presente na região entre Minaçu e Colinas do Sul em Goiás. Os Avá-Canoeirosoram quase dizimados e conta hoje com apenas 08 indígenas nesta região, e, assim como outras etnias, sofreram com a violência do colonizador, mas preferiam a morte a se render ao inimigo, ficando famosos como o povo que mais resistiu aos invasores no Brasil Central. Ao observar este cenário e os componentes inseridos na Olimpíada deste ano, tornou-se importante conhecer e valorizar sua história. Por difícil que seja analisar e apurar fatos sobre esta etnia, prevaleceu a necessidade de se estabelecer conexões com seu povo, além de quebrar paradigmas e derrubar falsas narrativas do senso comum. Assim, o projeto teve como objetivo pesquisar e gerar encontros que permitissem o envolvimento com as vivências culturais dos povos originários de Colinas do Sul, no sentido de viabilizar a compreensão da relação do ser humano com seu habitat e o tempo, investigando, portanto, as raízes da identidade cultural e social, além da sua diversidade étnica indígena, como hábitos, costumes, linguagem, organização social e integração com o mundo.
Metodologia: Para a realização do projeto, foram necessários o levantamento de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema, além de material audiovisual e fotográfico. Foram feitas rodas de conversa, vivências na escola com o Povo Tapirapé de Mato Grosso e com o Cacique Avá-Canoeiro Trumak. Além disso, foram realizadas oficinas artística, audiovisual e de música.
Resultado e discussão: Como resultado do trabalho desenvolvido até o momento, foi possível conhecer mais sobre a cultura desses povos, especialmente da etnia Avá e existe a possibilidade de uma visita na aldeia que será realizada após autorização dos órgãos competentes. Apesar da escassez de material sobre essa etnia, experenciou-se momentos importantes com as vivências realizadas na escola com os indígenas. Na culminância, esteve presente parte da comunidade colinense, além dos estudantes da escola. Foi exibido um vídeo com o processo de desenvolvimento das ações e foi preparado quatro ambientes temáticos para apresentar o projeto: a reprodução de uma oca de palha com artefatos tradicionais em seu interior chamada de Espaço Avá-Canoeiro, uma instalação visual com formas geométricas e outros elementos inspirados na arte indígena e nos direitos humanos, de nome Tenda Étnica, uma árvore construída a partir de uma pesquisa genealógica sobre as origens de cada estudante demonstrando suas raízes e provável ligação com os indígenas e o Espaço Esperançar em homenagem ao educador Paulo Freire, que foi representado na apresentação da música “Esperançar por esse Chão”.
Conclusão: O projeto foi realizado dentro das possibilidades de conhecimento quanto a questão indígena do povo Avá-Canoeiro, visto que há pouco registro sobre sua história e reminiscência. Apesar disso, tivemos avanços em relação ao entendimento sobre essa minoria e a forma em que se organizam atualmente. Foi possível conhecer seu representante e criou-se mais interesse e uma maior conexão com os aspectos ligados a defesa da Terra e aos Direitos Humanos. O tema deste ano, reforçou o protagonismo da juventude enquanto força reflexiva e de transformação, e trouxe o “esperançar” de Paulo Freire como conceito basilar de se pensar, defender e criar mundos possíveis.
Referências bibliográficas:
BORGES, M. V. Aspectos fonológicos e morfossintáticos do Avá-Canoeiro (Tupi-Guarani). (Tese de Doutorado). Campinas/SP: UNICAMP, 2006.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 2001.
GIOVANAZ, D. Do genocídio ao sonho de demarcação dos Avá-Canoeiro. Disponível em: <https://outraspalavras.net/outrasmidias/da-genocidio-ao-sonho-de-demarcacao-dos-ava-canoeiro/https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2016/nasce-mais-um-ava-canoeiro-em-minacu-go>. Acesso em 20/04/23.
ISA, 2023. Povos Indígenas no Brasil. Disponível em <https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Av%C3%A1-Canoeiro>. Acesso em 01/04/2023.
PEDROSO, D. M. R. O povo invisível. Goiânia: UCG, 1994.
SANTOS, N. S. Conheça o povo indígena Avá-Canoeiro que teve território homologado em Goiás. Jornal Opção, 21 de maio de 2023. Disponível em: <https://www.jornalopcao.com.br/reportagens/conheca-o-povo-indigena-ava-canoeiro-que-teve-territorio-homologado-em-goias-492506/> Acesso em 25/05/2023.
SILVA, L. G. DA; NAZARENO, E. Povo Avá-Canoeiro: educação escolar indígena e interculturalidade crítica. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, 15(1):78-100, jan./abr, 2021.
SILVA, L. G. DA. Ava-Canoeiro, the resistnece of brave people in the Cerrado savannah in the north of Goias: the place turned into a territory. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 149p., 2010.
TAEGO Ã. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=qfxMHQtLnzM https://www.youtube.com/watch?v=ErSvCYG5mDI>. Acesso em 20/05/2023.
NOVA ROMA
Autoras(es): Adailton Cardoso dos Santos, Danillo Feitosa de Sousa, Denise Xavier de Matos, Davi Strack Mendes, Emanuelle Gonçalves Valente, Enzo Alvarenga Loureiro, Evellyn Samara De Oliveira Costa, Francielly dos Santos Moreira, Francislene Gomes dos Santos, Isadora Barbosa, Isadora Ramos Ferreira, Kayky Rodrigues dos Santos, Lavínia Cardoso Alvarenga, Letícia Ferreira Maciel, Maria Eduarda Correia de Brito, Maria Luísa Vieira Assunção, Mikaelly Francisco dos Santos, Myrella Teixeira Gomes, Nara Luiza calado Tavares, Natielly Gomes de Sousa, Pedro Augusto Gonçalves Barbosa de Alecrim, Raíssa Saldanha Sarafim, Ronald Brito Gomes De Souza, Sergio Manoel Rodrigues dos Santos, Thiago Melo Lopes, Túlio Barbosa Silva.
Professoras/articuladoras: Edvane dos Passos Pereira Mendes e Magda Maria Ferreira Santos Santana
Introdução: O tema desta edição está embasado na ideia de Paulo Freire do “esperançar”, que diz respeito ao caminhar em busca de sonhos possíveis na construção de um futuro que corresponda aos anseios de uma coletividade. A defesa da Terra e os Direitos Humanos foram trazidos como eixos para se pensar sobre as problemáticas que nos envolvem. Sendo assim, foi demonstrado o interesse em construir um projeto de acordo com as temáticas relacionadas aos direitos humanos e da juventude, que desdobrou-se na criação de uma Casa de Cultura. O espaço contribuirá para o acesso aos bens e serviços culturais sendo palco para a participação da comunidade nas manifestações que valorizam as identidades, a memória social e as diversidades artísticas locais.
Metodologia: Foi adotada para esse projeto a pesquisa- ação enquanto metodologia, sendo realizado um levantamento bibliográfico sobre o tema que tratou das questões referentes à cultura, memória, tradição, arte popular, manifestações e expressões culturais, museu, centro de arte, entre outros. Foram feitas rodas de conversa com a equipe de estudantes e encontros com autoridades da cultura local, turismo e gestores públicos.
Resultados e discussão: A Casa de Cultura foi pensada como um local de referência das manifestações culturais presentes na região fazendo parte de um projeto pedagógico próprio para formações artísticas diversas. O local foi alugado pela prefeitura para a realização do projeto e, no momento, o espaço será destinado à exposição de objetos antigos que foram doados pela comunidade como: ferro de passar, tear de fiar, prato (que servia como objeto de medida) entre outros artefatos, sendo que alguns deles remetem a época da escravidão. Tais objetos são registros de parte da história da cidade e de seus moradores. Em um futuro próximo, a ideia é a de ofertar atividades para os jovens a fim de que desenvolvam suas habilidades artísticas e culturais. Assim, a Culminância em Nova Roma foi realizada na Casa de Cultura, com a exposição de objetos antigos e apresentação de uma música tradicional de nome “Lamentação”. A comunidade escolar e muitos populares estiveram presentes prestigiando o evento.
Conclusão: Ao observar a carência de espaços democráticos para manifestações da cultura popular tradicional do povo novaromano, criou-se a Casa de Cultura com a finalidade de valorizar tanto a memória social quanto cultural do município. A experiência trouxe enquanto propósito, oferecer à população, a oportunidade de conhecer um pouco mais da sua história com a valorização da cultura local e suas tradições. Estabeleceu-se assim, um espaço onde a memória será vista não apenas como lembranças das manifestações culturais passadas, estagnadas na história, mas como uma produção do presente.
Referências Bibliográficas:
CANDAU, J. Memória e Identidade. São Paulo: Contexto, 2014.
HALBWACHS, M. A memória coletiva. Rio de Janeiro, Vertice, 1990.
LE GOFF, J. História e Memória. Campinas, Edunicamp, 1990.
RICOEUR, P. A Memória, a História e o Esquecimento. Campinas, Edunicamp, 2007.
SÃO JOÃO D'ALIANÇA
Autoras(es): Ana Luíza dos Santos Souza, Claudenice Curcino da Silva, Danielly da Silva Matias, Davi Batista Ribeiro, Dhafny Kelly Liberato da Silva, Ellen Rodrigues da Cruz, Evellen Samara Andrade Silva, Geroncio Eduardo Oliveira Brito, Josué Davi Ramirez Contreras, Jessica Farias Pio, Lauane Vitoria Pala, Laysa Rodrigues Rocha, Leticia da Silva Ribeiro, Lucas Lopes Mota, Luise Cruz dos Santos, Marina Elaine Pereira Cardoso, Pabline Conceição da Cunha, Pedro Lucas Crisostomo Szervinsk, Raissi Rodrigues dos Santos, Rayssa Duarte Saldanha, Tauany Rodrigues dos Santos, Sthefany da Silva Barros
Professoras/articuladoras: Hellen Christina Soares de Araújo e Wênia Serafim dos Reis Dias
Introdução: A poluição ambiental afeta de forma generalizada a sociedade causando prejuízos ao ecossistema e à saúde humana. Ao observar a presença do chamado “Lixão” a céu aberto no município de São João d’Aliança, buscou-se identificar os impactos socioambientais locais, tais como: contaminação do solo pelo chorume que solta dos resíduos que podem afetar as águas subterrâneas e os rios próximos a essas áreas de descarte; poluição do ar, pois uma das medidas para diminuir a quantidade de resíduos é a queima do mesmo ao ar livre, o que afeta moradores dos locais próximos aos lixões; propagação de doenças, visto que estes locais atraem a atenção de animais e vetores de doenças. No lixão da cidade, é possível encontrar pessoas que trabalham como catadoras, recolhendo o que pode ser reciclado e vendido para manter o seu sustento e por vezes correm sérios riscos ao entrarem em contato com substâncias tóxicas, por exemplo. Uma maneira de minimizar tais impactos, seria a implementação de uma gestão de resíduos que entre outros benefícios poderia contribuir para a geração de novas possibilidades de tratamento de resíduos que sejam mais sustentáveis, tais como a reciclagem e a reutilização de materiais. Assim, foram pensadas parcerias com a comunidade e a Prefeitura da cidade, para implementar a coleta seletiva, com transporte, tratamento e descarte dos resíduos de forma segura e sustentável.
Metodologia: Esta pesquisa foi desenvolvida através de um levantamento bibliográfico sobre o tema, conversas com moradores que vivem perto do Lixão, e com catadores de material recicláveis, foram feitas visitas técnicas – uma delas na Reciclealto no município de Alto Paraíso de Goiás- e encontros com agentes públicos do município.
Resultados e discussão: O presente trabalho teve como objetivo pesquisar sobre tratamentos para os resíduos sólidos e orgânicos na cidade de São João D’Aliança Goiás, com o intuito de minimizar os impactos socioambientais causados pelo descarte irregular. Compreendemos que através da coleta seletiva e a sensibilização sobre os diferentes usos dos resíduos, estaremos dando os primeiros passos para uma mudança de consciência da população. A culminância teve formato expositivo e contou com a presença de 120 pessoas, sendo realizada no estacionamento da câmara municipal. Foram expostos e apresentados artesanatos provenientes dos resíduos sólidos. A comunidade escolar foi convidada a conhecer o espaço e interagir com os objetos criados.
Conclusão: A temática acerca do crescimento acelerado das cidades e o aumento do consumo de produtos industrializados que gera uma quantidade excessiva de resíduos sólidos faz parte das discussões no âmbito escolar, pois impacta de forma negativa o meio ambiente e a vida das pessoas. Houve a necessidade de entender o funcionamento do lixão e seus impactos socioambientais para promovermos uma sensibilização e assim pensar e criar estratégias de menor impacto relacionadas a gestão de resíduos. Buscou-se assim, parecerias com a comunidade e prefeitura no intuito de melhorar a paisagem ambiental do município e garantir a qualidade de vida especialmente das pessoas que vivem próximas a este local e das que tiram seu sustento com a coleta de materiais para reciclagem.
Referências Bibliográficas:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988;
COELHO, R. M. P. Reciclagem e Desenvolvimento Sustentável no Brasil. Disponível em: <https://www.academia.edu/9206128/Reciclagem_e_Desenvolvimento_Sustent%C3%A1vel_no_Brasil._Rec%C3%B3leo_Coleta_e_Reciclagem__%C3%93leos_Vegetais_Editora_Ltda._Belo_Horizonte_MG_ISBN_978-856150201-0_340_pgs >. Acesso em: 04 de maio de 2023.
https://faciles.com.br/blog/lei-123052010-politica-residuos-solidos/ visitado em 26/05/23
FUZARO, J.; RIBEIRO, L. T. Coleta Seletiva para prefeituras, 4ª ed. São Paulo: SMA/CPLEA, 2005. Disponível em: <http://www.resol.com.br/Cartilha6/ColetaSeletivaparaPrefeituras.pdf> Acesso em: 04 de maio de 2023.
TERESINA DE GOIÁS
Autoras(es): Amanda Marques Cardoso, Ana Júlia da Silva Paz, Andressa da Rocha Silva, Ayla Gabriela de Sousa Santos, Carlos Renan Moreira Da Silva, Cibelli Aparecida de Brito Regis, Ítalo de Lisboa Marques, Ingrid Sousa de Almeida, Isadora da Costa Serafim, Jaciel rodrigues da Conceição, Jadson Jacunda da Costa Cantuaria, João Pedro Ferreira Jacundá, Kamilly Vitória Rodrigues Santos, Lílian pereira dos Santos, Merison Maia Moreira, Miguel Vítor Ferreira da Silva, Millena Coelho dos Santos, Murilo Gabriel Pereira da Silva, Natália Sousa de Almeida, Rafaelly Rodrigues de Sousa, Sabrine Fernandes de Aquino, Samuel Pires de Bragança Neto, Uegda Pereira Dias, Warley Anes Marques, Hillary de Sa Carvalho.
Professoras/articuladoras: Jessika Alves Rodrigues Costa e Tassita Kamassagre Ferreira Alves
Introdução: O presente trabalho teve como objetivo mapear áreas da fitofisionomia Campos Úmidos presentes no município de Teresina de Goiás e iniciar o processo de restauração de uma dessas áreas, promovendo sua conservação para evitar uma maior degradação dessa fitofisionomia tão importante para o bioma Cerrado e nossa cidade. Atrelada a essa ação, sentiu-se a necessidade de auxiliar alguns estudantes do fundamental II no processo de alfabetização, utilizando como metodologia, a ecoalfabetização. Tal proposta busca valorizar os aspectos da sociobiodiversidade do Cerrado e da cultura local dando mais sentido e significado à aprendizagem, e, ainda, mostrar que a educação encontra-se associada às mais diversificadas esferas do conhecimento populares e tradicionais.
Metodologia: Como metodologia, buscou-se fazer um estudo aprofundado sobre as fitofisionomias presentes no Bioma Cerrado em específico sobre os Campos Úmidos. Foram feitos encontros com educadores/as socioambientais e biólogos para identificação destas áreas. Os estudantes receberam oficinas sobre como aplicar a ecoalfabetização e quais práticas poderiam ser desenvolvidas pelos estudantes neste processo. Além disso, foram feitas visitas técnicas nas áreas de campos úmidos, participação dos estudantes no seminário sobre campos úmidos em Alto Paraíso de Goiás com pesquisadores da área, e ainda encontros com mestres da sociobiodiversidade que atuam em áreas de campos úmidos.
Resultados e discussão: O campo úmido é uma fitofisionomia muito importante para a manutenção do equilíbrio ambiental, ecológico, biológico e hidrológico do Cerrado. São áreas de alta relevância conservacionista, pois contém muitas espécies únicas e possui solo específico, sendo muito frágeis. Uma vez degradados, são difíceis de serem recuperados. Teresina de Goiás está cercada por campos úmidos, o que ficou evidenciado com o mapeamento da região. Nos foi doada pela prefeitura, uma pequena área, localizada no antigo “Terrão” onde já realizamos a primeira visita técnica com a colheita de diferentes espécies de gramíneas nativas além da coleta do solo para análise e identificação. A área será protegida por uma cerca para evitar a entrada de animais que comumente pisoteiam e danificam essa fitofisionomia. A área será direcionada para estudos e conservação visando a conscientização da população sobre a diversidade e importância da manutenção do Cerrado. Na culminância da escola, que contou com a presença de outros 150 estudantes, foi apresentado o processo de escolha da área e identificação de espécies, além do que já foi realizado na ecoalfabetização até então. Por meio de oficinas pedagógicas com metodologias ativas, e desenvolvimento de estudos ambientais condizentes com a realidade local e visão de mundo dos estudantes, criou-se práticas didáticas diversificadas que ajudaram no processo de alfabetização dos estudantes do fundamental II. Além dos resultados, foi apresentado como produtos artísticos uma maquete feita de forma artesanal que reproduziu uma área de Campo Úmido e foram recitadas poesias sobre o tema.
Conclusão: Com a união das propostas apresentadas, o projeto desenvolvido sensibilizou à todas(os) para a urgência de se conhecer o Campo Úmido como “peça-chave” do Cerrado e que precisa ser conservado. Da mesma forma, as temáticas socioambientais serviram de referência no desenvolvimento de uma alfabetização que dialoga com os aspectos culturais e naturais da região, aproximando os estudantes do conteúdo à realidade vivida. Assim, aprendemos mais sobre nossa região e buscamos criar estratégias para que uma maior parcela da comunidade tome conhecimento da existência da biodiversidade local e suas especificidades e como ela está diretamente ligada com nossas práticas cotidianas.
Referências Bibliográficas:
CORDEIRO, N. G. O Cerrado e as áreas úmidas, 2023. Disponível em: https://matanativa.com.br/o-cerrado-e-as-areas-umidas/#:~:text=As%20%C3%A1reas%20%C3%BAmidas%2C%20que%20s%C3%A3o,ambientes%20%C3%BAmidos%20particulares%20do%20dom%C3%ADnio. Acesso em 21 de junho de 2023.
DAROLD, F. R., & IRIGARAY, C. T. J. H. A importância da Preservação e Conservação das Áreas Úmidas como Mecanismo de Efetivação do Direito Constitucional ao Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado Para as Futuras Gerações. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 02, Vol. 05, pp. 198-213, Fevereiro de 2018. ISSN:2448-0959, 2018.
DURIGAN, G.; PILON. N. A. L.; ASSIS, G. B.; SOUZA. F. M.; BAITELLO, J. B. Plantas pequenas do Cerrado: biodiversidade negligenciada. Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. 1º edição, 720p. Disponível também em: http://http://www.ambiente.sp.gov.br/publicacoes/ ISBN 978-85-8156-030-4.
RIBEIRO, J. F.; KUHLMANN, M.; OGATA, R. S.; OLIVEIRA, M. C.; VIEIRA, D. L. M.; SAMPAIO, A. B.; Guia de plantas do Cerrado para recomposição da vegetação nativa. Editora Embrapa DF, 1º edição, 832p., 2022. ISBN 978-65-89957-19-5.
TANNUS, J. L. S. Estudo da vegetação dos campos úmidos de cerrado: aspectos florísticos e ecológicos. 2007. 138 f. Tese de doutorado – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2007. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/100640>.