APA de Pouso Alto

Estamos na APA de Pouso Alto, área que abrange seis municípios do Nordeste Goiano: Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Colinas do Sul, Nova Roma, São João d’Aliança e Teresina de Goiás. APA é a abreviação para Área de Proteção Ambiental e denomina uma extensa área natural destinada à proteção e conservação da fauna e da flora, considerando o modo de vida da população local e a proteção dos ecossistemas regionais.   

A APA de Pouso Alto foi criada pelo governo estadual, por meio do Decreto nº 5.419 de 2001, com o objetivo de proteger o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV), fomentar o desenvolvimento sustentável e preservar a flora, a fauna, os mananciais, a geologia e o paisagismo da região. A Unidade de Conservação Ambiental que forma o PNCV guarda 3% de Cerrado nativo e detém o título de Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO. 

O contexto socioeconômico e histórico da APA de Pouso Alto inclui intensa exploração do agronegócio, mineração, desigualdades sociais e opressões raciais. Por outro lado, diversas comunidades tradicionais cerratenses habitam a região e são exemplos vivos de bem viver cerradeiro. Algumas delas guardam e protegem o maior território quilombola do Brasil, o Quilombo Kalunga. Essas comunidades também detêm um profundo conhecimento sobre as plantas medicinais, os animais e a conservação das águas nascentes, além de dominar tecnologias ambientais verdadeiramente sustentáveis. 

O Cerrado é a única savana úmida do planeta e a mais biodiversa, com aproximadamente 12 mil espécies de plantas descritas e mais de 2 mil espécies de vertebrados. É o segundo maior bioma do Brasil, ocupando 23% do território nacional, em 15 estados federativos. Em Goiás e no Distrito Federal, ocupa 100% do território. Os rios que nascem no Cerrado alimentam seis das oito principais bacias hidrográficas brasileiras. Neste cenário, o Nordeste Goiano se destaca através da Chapada dos Veadeiros, microrregião essencial para o equilíbrio hídrico da região e considerada a caixa-d’água do Brasil.  

Com aproximadamente 65 bilhões de anos, o Cerrado já atingiu seu climax evolutivo, o que significa que, uma vez degradado, ele não consegue mais recuperar a sua biodiversidade. Por toda a sua riqueza natural, altamente endêmica e complexa, é reconhecido como um dos maiores hotspots mundiais, o que significa que é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta e também um dos mais ameaçados. Cerca de 44% das áreas nativas foram degradadas em pastagens e mais de 11% em áreas agrícolas.  

As transformações ocorridas no Cerrado, principalmente ao longo do século XX, trouxeram grandes danos ambientais, o que coloca em risco toda a população brasileira, especialmente as comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais cerratenses, que possuem uma estreita relação social, cultural e histórica com o bioma. Essa realidade mostra a necessidade de trabalhos coletivos e estruturais de regeneração do Cerrado e de valorização dos saberes de seus povos.  

A Chapada dos Veadeiros é uma região de grande diversidade cultural, social e ambiental. Sua história registra modos de vida dos povos originários cerratenses e a resistência dos quilombos presentes no território. O florescimento e a decadência do garimpo, a rota de bandeirantes, a imigração de movimentos e pessoas alternativas de várias partes do Brasil e do mundo, assentamentos rurais e o movimento ambientalista também ajudam a construir a história dessa parte tão especial do Nordeste Goiano. 

Nesse contexto, a região abriga diversos perfis sociais e culturais, sejam raizeiros, parteiras e benzedeiras, sejam quilombolas e nativos, sejam bioconstrutores, agrofloresteiros, terapeutas e artistas. Soma-se a isso o ecoturismo, através do Parque Nacional e de inúmeras cachoeiras e santuários naturais que atraem turistas de todo o mundo. É neste complexo cenário que surgem muitas iniciativas identificadas como prioritárias para microrregião da Chapada dos Veadeiros, entre elas a criação da APA de Pouso Alto e o Ipeartes/Seduc-GO. 

As pesquisas em educação do Ipeartes/Seduc-GO buscam compreender os processos históricos da região da Chapada dos Veadeiros para fortalecer a valorização dos povos cerratenses. Nessa perspectiva, o termo Cerradania é apresentado como referência teórica, pois reflete sobre a diversidade de identidades cerradeiras, recentralizando a noção de pertencimento para além da ideia de direitos civis baseados em perfis sociais hegemônicos. Na Cerradania, a natureza também é agente de direito e a relação entre natureza e cultura é, ao mesmo tempo, indissociável e fundamental. 

Alto Paraíso de Goiás  

Escola Estadual Doutor Gerson de Faria Pereira   

CEPI Moisés Nunes Bandeira  

Educandário Humberto de Campos (EHC)

Vila de São Jorge (Alto Paraíso) 

Espaço Dona Lindu (extensão da EE Doutor Gerson de Faria Pereira)

Cavalcante  

Colégio Estadual Elias Jorge Cheim

Colinas do Sul 

CEPI Joaquim Tomaz Ferreira da Silva

Monte Alegre de Goiás 

Colégio Estadual Antônio José de Oliveira 

Nova Roma  

Colégio Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco

São João d’Aliança  

Colégio Estadual Pedro Ludovico Teixeira  

Teresina de Goiás  

Colégio Estadual Joaquim de Souza Fagundes 

IPEARTES

Instituto

IPEARTES

Histórico

IPEARTES

Metodologias
Ipeartes promove roda de conversa com Dona Flor
Dona Flor visita o Ipeartes
Trilha Científica leva estudantes ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros
Estudantes da Olimpíada visitam o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros
Previous slide
Next slide